Delegada Fernanda Antonucci é a primeira mulher a ocupar cargo de titular da DECP
A Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (DECP) tem como titular, desde março deste ano, a delegada de Polícia Civil Fernanda Antonucci, primeira mulher a ocupar o cargo na unidade policial. Conforme a autoridade policial, no primeiro mês à frente da DECP, cerca de 200 mandados, entre processos criminais e cíveis, já foram cumpridos.
Fernanda Antonucci ressaltou que foi com grande satisfação que recebeu, do delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, Mariolino Brito, o convite para assumir a DECP.
“Estou realizada e muito feliz. É a primeira vez que trabalho como titular em uma especializada. Será uma grande experiência. Aproveito para agradecer a oportunidade. Continuarei me empenhando para corresponder às expectativas depositadas no meu trabalho, bem como levar um retorno positivo à sociedade”, disse.
DECP – A DECP, que até fevereiro deste ano teve como titular o delegado Samir Freire, é a unidade policial responsável por inserir e cumprir mandados junto ao Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), bem como expedir e cumprir cartas precatórias. Segundo Antonucci, a DECP trabalha com dois segmentos distintos: Capturas e Polinter, sendo esta última abreviação de Polícia Interestadual.
“Capturas é o cumprimento de mandados da área civil e criminal. A Polinter exerce a comunicação entre as delegacias do interior ou de outros Estados. Na ocasião, a Polinter age no momento em que uma unidade policial de Manaus constata que algum infrator, alvo de investigação, mora em outra cidade, seja no interior ou pelo Brasil. Nesse caso é expedida a carta precatória que informa à delegacia da comarca onde o indivíduo reside, sobre a diligência. Dando assim seguimento às investigações”, explicou a delegada.
Carreira – Antonucci tomou posse no cargo de delegado de Polícia Civil após aprovação em concurso público realizado no ano de 2009. Na instituição, a delegada começou como plantonista em Distritos Integrados de Polícia (DIPs) da capital. No mês de agosto de 2012 até junho de 2016, atuou como diretora-adjunta do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). Em setembro de 2016 foi nomeada delegada titular do 1º DIP, cargo que ocupou até fevereiro deste ano.
“O 1º DIP foi uma escola para mim. Presenciei e tive que lidar com todas as ocorrências possíveis. Por ser a primeira delegacia de Manaus e a mais antiga, a demanda é muito grande. Pessoas de todas as zonas da cidade e de diferentes classes sociais se deslocam até àquela unidade policial em busca de atendimento. Tenho muito orgulho de ter passado pelo 1º DIP e, mais ainda, por ter trabalhado com uma equipe competente”, ponderou.
Questionada sobre as razões que a fizeram optar pela carreira policial, Antonucci relatou que a dinâmica da profissão e o valor social que o cargo possui foram determinantes para a escolha. “Atuo há sete anos como delegada e afirmo que cada dia é diferente. Não existe rotina. E na Polícia Civil lidamos com assuntos do cotidiano do cidadão. Muitas vezes é com o delegado de Polícia que a população tem o primeiro contato, seja para ter uma orientação ou um socorro”, argumentou.
Vocação – Para a titular da DECP, a carreira policial é uma missão, que para cumpri-la é necessário ter vocação. Segundo a delegada, por se tratar de uma atividade dinâmica e em alguns casos de alto risco, o policial civil precisa estar bem preparado e disposto a enfrentar os desafios.
“Não tem jeito. Tem que gostar do que faz e ser motivado a desempenhar um bom trabalho de polícia, que é defender a sociedade”, pontuou.
Para concluir, Antonucci destacou que cada vez mais a policial civil está conquistando espaço dentro da instituição. “Um fato engraçado é que, antes de ser delegada, escutava de amigos que eu não tinha perfil para ser policial. No Curso de Formação observei a presença de muitas mulheres, entre delegadas, escrivãs e investigadoras. Hoje percebo que a Polícia Civil está repleta de mulheres lindas e competentes à frente de cargos importantes”, finalizou.