Dermilson Chagas apresentará emenda do Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas (FTI) a LDO
O deputado estadual Dermilson Chagas (PEN), pretende apresentar uma emenda junto a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do governo para o exercício de 2018, para que o Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas (FTI), seja utilizado na sua finalidade que é contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do interior do Estado, em consonância com o Plano Estadual de Desenvolvimento.
O FTI é mantido pelas empresas do Polo Industrial de Manaus, que pagam um percentual de contribuição. As companhias recolhem 1% sobre os insumos nacionais e 2% sobre os estrangeiros. Em 2015 e 2016, o governo do Estado usou o recurso e redirecionou 50% do FTI para pagamentos de custeio sob a alegação de dificuldades causadas pela crise econômica.
De acordo com o Dermilson, no ano de 2016, a receita do FTI foi de R$ 900 milhões. Já e em 2017 o valor chegou a R$ 700 milhões, que somando os dois anos o orçamento chegou a R$ 1,6 bilhão, sendo gasto com custeamento da máquina pública do governo. “O nosso governador, David Almeida (PSD), está em Brasília pedindo um empréstimo de R$ 300 milhões para injetar na infraestrutura nos municípios do interior. E esse recurso do FTI, foi criado justamente com essa finalidade”.
Por conta disso, deputado Dermilson afirmou que apresentará uma emenda na LDO, para que a finalidade de FTI de investir nas municipalidades retorne. “Dois anos apenas, temos esse valor e os municípios que precisam receber infraestrutura e de políticas públicas que possam transformar e gerar emprego e renda, levando indústria para o interior.
Precisamos de investimento para escoação de produção com as áreas de manejos do pirarucu que precisa de infraestrutura para agregar valor para o pescado. O nosso interiorano, está carente disso por parte do nosso governo. Se dependermos apenas do orçamento que a Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) tem é insignificante desse universo que chamamos de amazonas”, afirmou.
Dermilson ainda destaca a preocupação do mês de setembro em que haverá um aumento no número do pescado, gerando desperdícios. “Vão jogar fora porque não temos onde armazenar.
Dois anos desses recursos deixaríamos o interior completo. Se o FTI atingisse sua finalidade, seria bem empregado. Não podemos ter apenas uma política nos período da cheia e seca. Inclusive, muitos municípios que vivem debaixo de água têm condições de mudar para terra firme. Temos que estimular a mudança da sede dos municípios. Esse recurso ajuda a realizar isso e criar outra estrutura mais planejada”.