Governo se arma para blindar base dos efeitos da cassação de Cunha
O governo interino está se preparando para enfrentar uma possível cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O plano é blindar a base e os aliados do peemedebista da turbulência que sua saída do cargo deve provocar, atraindo o “centrão” para a área de influência do Planalto, como informa a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Para que isso ocorra será preciso abrir mão de instrumentos tradicionais: muitos cargos e recursos para obras paroquiais. O presidente em exercício, Michel Temer, terá de providenciar uma candidatura única à sucessão de Cunha, unindo o grupo à antiga oposição, liderada por PSDB e DEM.
O Ministério Público Federal aposta que o parlamentar afastado se tornará réu em mais uma ação no Supremo Tribunal Federal na próxima quarta-feira (21).
“É um pênalti batido em uma ladeira e com o goleiro amarrado”, anuncia um procurador.
Na opinião de um ministro de peso do governo sobre a cobrança de Cunha por apoio do Planalto para se livrar da cassação: “Ele procura um Dom Quixote para defendê-lo. Não terá.”