IMAGENS FORTES: Irmãos são brutalmente assassinados em Eirunepé
Por Caíque Varella
No Domingo (24), José Alcimar da Silva Gomes, 27, e sua companheira Maria Damiana Pinto de Melo, 24, consumiam bebidas alcoólicas, na Comunidade São João, Zona Rural do município de Eirunepé (distante 1.410 quilômetros de Manaus), na companhia de seus cunhados Zaqueu Pinto de Melo, 30, e Jó Pinto de Melo, 28, quando houve um desentendimento entre eles.
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Segundo informações dadas por Damiana, seu irmão Zaqueu, deu uma facada nas costas de seu marido José Alcimar, que ainda tentou fugir da agressão mas foi perseguido por Jó e Zaqueu, que o alcançaram que o golpearam varias vezes e jogaram seu corpo no rio Juruá.
Já na manhã do dia 25/04, os familiares de José procuraram a delegacia para prestar queixa sobre o homicídio, muito exaltados, eles falavam a todo instante em fazer justiça com as próprias mãos se os acusados não fossem presos.
Na tarde do mesmo dia, a policiais militares acompanharam os familiares de até o local da ocorrência, más não conseguiram localizar o corpo da vítima que havia afundado no rio, tendo sido registrado o Boletim de Ocorrência para que o caso fosse apurado.
No dia 27, José Braga Pinto, 19, procurou a polícia para informar que seu irmão deficiente surdo-mudo Francisco Braga Pinto, 22 e seu primo Zaqueu, foram mortos por três homens armados cada um com pelo menos uma arma de fogo do tipo espingarda. A testemunha informou ainda que seu primo Jó estaria desaparecido na mata.
De acordo com José Braga, ele, seu irmão e seus dois primos estavam em uma “casa de farinha”, localizada dentro da floresta, próximo a Comunidade São João, quando por volta das 10h00, foram surpreendidos por disparos de arma de fogo quando ainda estavam deitados em suas redes.
Seu irmão Francisco Braga foi atingido e morreu deitado na rede, enquanto que Zaqueu, foi atingido nas costas e depois levou diversos tiros a queima roupas na cabeça, esfacelando seu crânio. Logo depois, um dos assassinos permaneceu com José Braga como no barracão, enquanto que outros dois saíram em perseguição de Jó, sendo ouvindo pelo menos um três tiros vindos de dentro da mata.
José identificou o assassino que ficou lhe vigiando como Rosildo, um dos irmãos de José Alcimar, “Ele me mandou fugir, pois quando os outros dois retornassem também me matariam” disse a testemunha.
“Eu me escondi na mata e depois peguei uma canoa e desci o rio remando até chegar à cidade, levei umas 3 horas remando o mais rápido que pude com medo deles estarem atrás de mim”.
Logo após a testemunha informar o que havia acontecido, a Polícia Militar e Polícia Civil montaram uma equipe de busca para fazerem diligência até local.
Segundo o Comandante da 1a CIPM, Major Pedro Moreira, que esteve presente na missão, o local onde aconteceu a chacina é de difícil acesso, tendo conseguido chegar ao local, somente com ajuda de ribeirinhos, utilizando embarcações pequenas do tipo rabeta.
De acordo com Major Pedro, estes chegaram no local, por volta das 18h30, o que dificultou ainda mais o trabalho da Polícia. Mesmo assim, foram colhidos provas como 02 (duas) cápsulas deflagradas de espingarda e o local fotografado para instruir as investigações.
O corpo de Jó, não foi localizado devido ser necessário uma busca detalhada na mata, pois a testemunha não sabia informar corretamente a direção que este tomou, tendo ouvido somente o disparo. O corpo de José Alcimar, também ainda não foi encontrado, a policia ainda realiza buscas pela mata para tentar achar o corpo de Jó, disse Major Pedro.
A polícia localizou ainda o pai dos supostos autores dos homicídios, o Sr. José Ribeiro Gomes, 70, o qual identificou seus três filhos como sendo Rosildo da Silva Gomes, 22, Antônio Edimar da Silva Gomes, 24 e Antônio Francisco da Silva Gomes. Todos estão sendo procurados pelas Polícias Civil e Militar que esperam fazer suas capturas a qualquer momento.
Segundo familiares de Zaqueu e Jó, o motivo pelo qual estes mataram seu cunhado José Alcimar, foi devido estes ficarem sabendo que sua irmã era agredida pelo marido. Porém, Maria não confirma esta versão, se limitando a dizer que a motivação foi porque estavam embriagados.
Os corpos encontrados foram levados para o Hospital Vinicius Conrado e passaram por um exame de necropsia no qual foram verificados ferimentos por arma de fogo na região das costas, cabeça, abdômen, perna direita e tórax de Zaqueu, além de cortes provavelmente de terçado na cabeça, esfacelando o crânio, já Francisco apresentava ferimentos a bala no lado direito do pescoço e no maxilar direito.