Luiz Castro cobra do governo “menos propaganda e mais saúde para o povo”
O líder da REDE, deputado Luiz Castro, lamentou a situação precária do setor da saúde pública e cobrou coerência ao governo do Estado na definição dos gastos prioritários e no corte de despesas em acordo com os órgãos envolvidos nos gastos do orçamento estadual. “Aqui no Amazonas isso está na cabeça do governador e do secretário de Fazenda. Nem a bancada governista é consultada sobre as prioridades de corte; ela é a última a saber”, afirmou.
O deputado criticou a atitude de governança que prioriza a propaganda na televisão em detrimento da saúde do povo e das decisões coerentes e disse que a partir de agora está montando um processo mais fiscalizador dos dados e informações do Estado e que não vai concordar com decisões equivocadas. “Se não tem dinheiro para pagar as despesas básicas, não pode ter dinheiro para os supérfluos”, disse, sugerindo o corte total da publicidade do governo neste momento de crise, assim como a retomada das ações prioritárias na saúde.
Luiz Castro comentou também a respeito dos problemas causados pelo processo de impeachment que acontece em Brasília, e que está deixando o Brasil aos trancos e barrancos, passando pela mais grave recessão da sua história. Segundo ele, o Estado do Amazonas e a capital Manaus estão entre as regiões mais afetadas por essa crise econômica. Castro citou que hoje existem menos de 80 mil empregos no Distrito Industrial, que já chegaram a 120 mil no ápice da produção industrial, além de anúncios do fechamento de várias empresas no meio do ano.
Queda de arrecadação
Para Luiz Castro, o Estado que enfrenta uma queda de arrecadação expressiva, afetando o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa deveria adotar uma atitude republicana de discutir com os demais poderes essas questões. Ele citou o atraso no pagamento de convênios na área de saúde, como em Parintins, que gerou protesto da população por falta de repasses do governo para manter o hospital local em funcionamento. Segundo ele falta vontade dos gestores em deixar de olhar para o próprio umbigo e enfrentar os problemas orçamentários.