Mãe cobra respostas sobre morte de fuzileiro em Manaus, “Já sabem que foi um PM e não fazem nada” disse a família da vitima
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“Eu venci o câncer de mama, mas o câncer da impunidade eu estou perdendo”, lamenta a mãe do fuzileiro naval, Carlo Afonso, executado no dia 30 de junho de 2016, em Manaus.”, essas são as palavras de dona Claudete Gouvêa, uma mãe estarrecida pela dor da perda prematura de um filho.
“Sei quem é o assassino do meu filho e a justiça também sabe que foi um PM e não fazem nada”, ele veio ao Brasil só para matar o Carlo. Foi motivado por ciúme e vingança”, acrescentou Claudete.
Em entrevista a nossa equipe de reportagem, dona Claudete ainda se disse indignada com a falta de informação por parte da justiça do Amazonas e a negligencia da Marinha do Brasil em atuar mais intensamente no processo de investigação do caso.
Ela conta que pediu para alguns amigos de Manaus procurarem saber como está o andamento do processo. “São informações extraoficiais, mas me falaram que já sabiam quem executou meu filho, que tinham prova o suficiente, mas até hoje ele não foi citado em nada e nem preso. Essas foram as últimas notícias que eu tive sobre as investigações”, reclama a mãe.
Na época a marinha disse em varias reportagens que havia dado assistência social à família, única vez que eles entraram em contato comigo foi quando meu filho foi assassinado. Para eles o meu filho só foi mais um morto, só um número na estatística, falou Claudete.
Ainda segundo a família do fuzileiro assassinado, câmeras de segurança de uma das empresas próximas flagraram a ação da dupla e por elas foi identificado o assassino de Carlo. Mas por ele ser policial militar, por ser um empresario conhecido em Manaus, não houve a prisão do mesmo.
Marinha
A reportagem do Em Tempo entrou em contato com a assessoria da Marinha do Brasil para saber se a instituição tem alguma informação sobre o andamento das investigações do assassinato do cabo. Em nota, a Marinha respondeu somente que “como se trata de crime da alçada da justiça comum, as investigações foram realizadas pelos órgãos de segurança pública.
Inquérito
A equipe de reportagem também entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil do Amazonas, mas até o fechamento da matéria não recebeu nenhuma resposta.
Já o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (Tjam) informou que o caso está em segredo de justiça e, por conta disso, não pode passar mais detalhes.