Presidente do TCE-AM Yara Lins usa influência para garantir eleição do filho a deputado estadual
Não é de hoje que o cargo de presidente do Tribunal de Contas do Estado tem grande influência nas eleições. Desta vez, a conversa nos bastidores é que a atual presidente do órgão, Yara Lins, está usando da posição para cooptar votos para seu filho Fausto Jr. candidato a deputado Estadual.
De acordo com denúncias de funcionários do próprio TCE-AM, Yara estaria reunindo com vereadores, prefeitos e ex-prefeitos do interior, no comitê de campanha de seu filho, na Rua José Mariano, no bairro Parque Dez, para garantir votos em todos os municípios.
Além de estar coordenando pessoalmente a campanha operacional e financeira do Filho, a mesma estaria usando do carro oficial do TCE, com motorista e tudo para transportar e distribuir material de campanha em bases espalhadas em varias zonas da cidade.
A estratégia já foi usada por outros presidentes em pleitos passados e parece que nada mudou.
Um deputado estadual também manifestou sua indignação em relação as denuncias dos funcionários, que ainda se dizem perseguidos por não fazerem campanha para o filho da presidente do órgão.
Se a Justiça Eleitoral investigar e a tal engrenagem tiver fundamento, será lamentável ter que admitir que o TCE esteja deixando de exercer sua atividade de fiscalizar a gestão pública estadual e municipal para tentar eleger “pimpolhos” vinculados a membros do tribunal.
No pleito de 2014, o então conselheiro Josué Filho, presidente do TCE, chegou a ser alfinetado nas redes sociais por causa de supostas gestões em favor do filho Josué Neto, um dos mais votados na batalha eleitoral daquele ano, quando presidia a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas.
É importante alertar também o TRE-AM para o fato de atualmente a Casa Civil do governo ser comandada pelo senhor Arthur César Zaluth Lins, não por acaso irmão de um candidato a deputado estadual, Afonso Lins.
Tentamos entrar em contato com a assessoria do candidato Fausto Jr., mas não obtivemos sucesso. Deixamos o espaço aberto para direito de resposta.