Vereador é preso no interior do AM, por deixar de pagar pensão alimentícia
O vereador José Antilde Gomes (PMDB), de 40 anos, foi preso na tarde de terça-feira (28) suspeito de não pagar pensão alimentícia. Esta é segunda vez que o parlamentar do município de Eirunepé, a 1.160 km de Manaus, é preso neste ano. A primeira foi em fevereiro, quando ele teria arrombado portas de um hotel e ameaçado pessoas com uma faca.
O mandado de prisão cível, expedido pelo juiz da 6ª Vara de Família e Sucessões de Manaus, Vicente de Oliveira Rocha, foi cumprido por volta das 15h, com o apoio de policiais civis e militares. O vereador foi detido na residência dele, no bairro Fátima, na presença de um Oficial de Justiça da Comarca de Eirunepé.
José Antilde realizou exame de corpo de delito no hospital do município e, em seguida, foi encaminhado a uma cela particular na 7ª Delegacia Interativa de Eirunepé.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Eirunepé, o vereador Raimundo Augusto (PMDB), José Antilde participou da sessão legislativa realizada na manhã da terça-feira, e a prisão ocorreu no período vespertino.
“Ele foi preso por pensão alimentícia, foi uma ordem judicial que veio de Manaus. Segundo o advogado de Antilde, ele tinha pago um valor a menos do que era para ser pago e esse foi o motivo (da prisão). Ele está recorrendo, segundo o advogado, estão pagando o restante do valor correto e a defesa esta solicitando a soltura dele”, afirmou o presidente da Câmara.
A reportagem do Portal A Notícia tentou contato com o advogado do parlamentar, mas não obteve retorno.
Outro caso
Em fevereiro deste ano, o vereador foi autuado em flagrante por dano qualificado, ameaça e exercício arbitrário . Segundo informações repassadas pela polícia, ele teria invadido um hotel, situado na Av. Getúlio Vargas, localizado em Eirunepé, em busca de um suposto desafeto. Ele teria ameaçado com uma faca. Em depoimento, o vereador informou à delegada que procurava o homem porque ele teria furtado R$ 8 mil de sua casa. A vítima, porém, argumentou que foi contratado pelo vereador para realizar rituais religiosos.
Segundo a polícia, constam também outros 10 registros na delegacia do município envolvendo o parlamentar, entre eles: lesões corporais simples, violência doméstica, dano ambiental e crimes contra a honra.